Clipping
Jean Carlos Hochsprung Miguel, sociólogo com ampla experiência em estudos sociais da ciência e da tecnologia, tem se dedicado a investigar como as dinâmicas de transição energética se configuram no Brasil, em especial no setor elétrico. Em sua pesquisa, ele analisa as redes de governança que envolvem a energia solar, buscando entender como a participação de diferentes atores – desde empresas até comunidades locais – influencia os rumos da transição.
Segundo Miguel, a adaptação climática não pode ser reduzida a uma questão técnica ou de inovação tecnológica. “A transição energética é um processo sociotécnico, em que tecnologia e sociedade evoluem de forma conjunta. Por isso, compreender como redes de governança são formadas é essencial para identificar quem tem voz, quem participa e quem é excluído na definição dos caminhos do setor elétrico”, explica. A energia solar, cada vez mais presente na matriz brasileira, surge como um campo privilegiado para analisar disputas e oportunidades. Democratizar seu acesso, segundo ele, é um passo decisivo para tornar a adaptação mais justa e inclusiva.
Se de um lado as redes de energia solar apontam para novas possibilidades, de outro, a transição energética expõe conflitos sociais e territoriais. É nesse ponto que entra a pesquisa de Alexsander Fonseca de Araujo, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Seu trabalho se volta para o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e para a forma como os movimentos sociais têm atuado na construção de alternativas de transição. “A justiça climática e energética precisa ser o eixo central das políticas de adaptação. Sem ela, corre-se o risco de ampliar desigualdades e perpetuar a exclusão das populações mais vulneráveis”, destaca.
Um trabalho de conclusão de curso desenvolvido no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp está ajudando a decifrar a complexa história geológica de Campinas e também a aproximar a ciência do cotidiano da população. O Atlas Petrográfico do Município de Campinas, publicado em setembro, foi elaborado pela geóloga recém-formada Helena Paiva, sob orientação do professor Wagner Amaral. O material reúne imagens microscópicas e descrições detalhadas das principais rochas do município e já nasce com vocação para se tornar ferramenta de ensino, divulgação científica e até de apoio ao planejamento urbano.
A Pedreira do Bongue em Piracicaba (SP), lembrada pela beleza e pelos episódios de queda de rochas, é um sítio paleontológico conhecido no meio acadêmico, mas não protegido por leis. O local coleciona fósseis de quando Piracicaba foi mar – saiba mais abaixo.
As afirmações são do professor doutor Alessandro Batezelli, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp.
Além desses, o evento contou com as seguintes palestras:
- “Ferramentas de Gestão e Monitoramento de Recursos Hídricos”, por Rafael Chasles (SP Águas);
- “Do Sensor ao Resultado: Como o Monitoramento Hidrogeológico Transforma a Gestão da Água e Cria Novas Oportunidades de Negócio nas Bacias PCJ”, por Fernando Mancini Oliveira (Afira Tecnologia);
- “Monitoramento do Aquífero Cristalino em Campinas com a Aplicação de Inteligência Artificial”, por Ana Elisa de Abreu (UNICAMP);
- “Evoluções Recentes em Estudos Hidrogeológicos com Traçadores Naturais”, por Edson Wendland (USP);
- “Uma Visão Holística do Ciclo Hidrológico para Apoiar a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos”, por Carolina Quaggio (UNESP);
- “Sistema de Suporte à Decisão como Solução Integrada para Crises Hídricas em Cidades Resilientes”, por Carlos Tadeu Gamba (IPT).
O universo de criaturas fantásticas de Pokémon pode ir além do entretenimento: para o biólogo Carlos Stênio, mestrando do Instituto de Geociências da Unicamp, a animação é uma poderosa ferramenta para estudar biologia e revisar temas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como ecologia, evolução e genética.
De acordo com o professor doutor Alessandro Batezelli, do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, é preciso fazer um estudo geotécnico para averiguar a estabilidade das rochas, visto que o material da pedreira, o período de chuvas e a trepidação causada por veículos e construções ao redor podem influenciar o cenário.
O professor doutor Alessandro Batezelli, especialista do Instituto de Geociências da Unicamp, enfatiza a necessidade de um estudo geotécnico aprofundado para avaliar a estabilidade das rochas da pedreira. Os fatores que podem influenciar a segurança do local incluem as condições climáticas, como o período de chuvas, e a vibração causada por veículos e obras nas proximidades.
Segundo o geólogo Álvaro Penteado Crósta, professor da Unicamp e membro da Academia Brasileira de Ciências, todas as evidências disponíveis indicam que o objeto é provavelmente um cometa.
O podcast iG Foi Pro Espaço recebeu nesta quarta-feira (29) os pesquisadores Bianca Rosa e Ruan Ribeiro, do Grupo de Defesa Planetária da Unicamp, para discutir o cometa 3I/ATLAS, a importância da geologia planetária e as ações de proteção da Terra contra ameaças cósmicas.
O grupo da Unicamp pesquisa a morfologia e a composição de crateras causadas por meteoritos, tanto na Terra quanto em planetas gelados. Ambos destacaram o papel do professor Álvaro Crosta, referência nacional na área e catalogador das crateras de impacto conhecidas no Brasil.
Palestra-magna de Archimedes Perez Filho no 1º Fórum Unicamp de mudanças climáticas: ciências do clima no ano da COP30




