Realizando o exercício de pensar em que condição social e em que espaço estaria ao longo da história, do século XIX até os dias atuais, o geógrafo Flávio Lima abre sua tese de doutorado, recentemente defendida no Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. A pesquisa enfatiza os marcos históricos da industrialização, a partir de 1930, e sua relação com a exploração da força de trabalho. O pesquisador questionou os elementos que constituíram a industrialização brasileira. Para tanto, apoiou-se na noção de formação socioespacial, do geógrafo Milton Santos, que leva em consideração questões sociais e sua relação com o espaço.
O pesquisador fez da exclusão de uma parcela de trabalhadores – a maioria negros – da regulação imposta pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, uma questão-chave de sua tese, que avança até a institucionalização de relações precárias do trabalho, expressas na Contrarreforma Trabalhista de 2017 e na alteração dos marcos regulatórios do trabalho realizada no mesmo ano e instrumentalizada pela Lei 13.467.
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Foto de Antônio Scarpinetti.