Um grupo formado por quatro alunos e ex-alunos do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências participou no final de agosto da Inovation and Science Diplomacy School (InnSciD), que é apoiado pelo Programa da Escola de Ciências Avançadas de São Paulo da Fapesp (ESPCA) e organizado pelo Instituto de Relações Internacionais da USP.
A Escola de Diplomacia da Ciência e Inovação ocorreu no Instituto de Estudos Avançados da USP entre os dias 21 e 30 de agosto. Dos 973 inscritos, apenas 40 brasileiros e 40 estrangeiros foram selecionados, o que mostra a alta representatividade dos alunos do IG. Rodrigo Ito, Victo José da Silva Neto, alunos de doutorado do DPCT, e Maria Carolina Foss e Paula Drummond, doutoras formadas pelo mesmo Departamento, foram os selecionados para participar do programa que tinha como foco discutir e avançar duas novas abordagens dos Estudos de Ciência, Tecnologia e Inovação: Diplomacia da Ciência e da Inovação.
Segundo Rodrigo e Victo, “o DPCT foi concebido para pensar majoritariamente políticas de C&T em escala nacional; já a escola foi desenhada para destacar uma dimensão internacional de políticas públicas que estão ganhando robustez. Dessa forma, com este movimento de sistematizar a esfera internacional das políticas, abre-se uma janela de oportunidade para que os alunos do Departamento possam avançar o campo de estudos da diplomacia da ciência e da inovação”.
Dentre as atividades realizadas nos 10 dias do programa, duas se destacaram: a visita a dois importantes centros científicos e tecnológicos do país - Fábrica da Embraer, em São José dos Campos, e o Sirius, em Campinas; e a participação na palestra conjunta dos reitores da Unicamp, USP e Unesp e do diretor da Fapesp, Brito Cruz.
De acordo com os alunos, três aspectos da Escola contribuíram para sua formação: novos conhecimentos; construção de redes e fortalecimento da ciência e tecnologia. “Durante os dez dias da escola, fomos apresentados tanto a novas metodologias para analisar a dimensão internacional das políticas de C&T, como também ao avanço mais recente do campo de estudos da diplomacia da ciência e da inovação e a professores estrangeiros que lideram esta área de estudos. Também fomos expostos e inseridos a uma rede de 80 participantes de 30 países, o que, por sua vez, acarretou na troca de conhecimentos e em potenciais propostas para desenvolver pesquisas conjuntas. Por fim, a criação desta rede foi concebida para que os participantes possam defender e promover a ciência e tecnologia em seus países”, apontaram os alunos em resposta conjunta enviada ao Portal do IG. No trabalho final, ocorreu a criação de um arcabouço normativo de diplomacia da inovação.
Por Eliane Fonseca
Foto: arquivo pessoal