Um dos projetos contemplados no primeiro edital de extensão do IG, lançado em 2022, teve como objetivo auxiliar na identificação e mapeamento de atrativos em uma comunidade caiçara na praia da Cocanha, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. O projeto, coordenado pela docente Maria Tereza Paes, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IG), contou com a participação de estudantes do IG e de Turismo e de Marketing da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC) de Itu.
Voltado para o Turismo de Base Comunitária (TBC), o projeto buscou apoiar a cooperativa de pescadores e maricultores da comunidade, voltada à cultura de mexilhão. “A nossa função foi a de auxiliar na implementação do TBC através da identificação e mapeamento de atrativos. Nessa primeira etapa, pensamos em trabalhar com o circuito do mexilhão, por já existir a cooperativa de pescadores, a embarcação, as redes, a pesca, que é tradicional”, explica Maria Tereza. A comunidade trabalha o comércio e o consumo dos mariscos e de seus produtos. As mulheres fazem pratos, como bolinho e estrogonofe de mexilhão. É essa cadeia que dá para melhorar, como identificar os produtos e precifica-los. O grupo da Unicamp/Fatec vai ajudar a elaborar marketing para ampliar a divulgação da comunidade através de redes sociais como Instagram, Facebook e também em blogs.
Em 2022, alunos de Geografia do IG conheceram de perto as ações ambientalmente responsáveis realizadas pela comunidade da Praia da Cocanha. Naquela oportunidade, puderam observar o processo de preparo do marisco, cultivado na Fazenda Marinha de Mexilhões. Também aprenderam sobre o artesanato local, saberes e costumes caiçaras. Maria Tereza conta que pretende continuar o projeto em Cocanha em 2024.
Por Eliane F Daré
Imagem: AMAPEC