O Instituto de Geociências recebe até 16 de fevereiro cinco estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) através do Programa Ciência e Arte “Povos da Amazônia” (Capam 2023). Diversas atividades científicas e culturais serão realizadas com o objetivo de possibilitar a troca de experiências entre alunos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas com a comunidade universitária da Unicamp. A docente Leda Gitahi é a principal organizadora do projeto no IG.
Neste ano, foram selecionados 20 estudantes de graduação das áreas de exatas, humanas, biológicas e saúde, oriundos de oito campi da UFPA. Durante a permanência na Unicamp, os estudantes integrarão atividades ligadas a quatro projetos de pesquisa, cada um com cinco participantes. A distribuição dos estudantes pelos projetos foi feita de acordo com sua proximidade com as áreas de seus cursos de graduação. Participam dessa edição do CAPAM no IG:
* Ana Carolina Sanches de lima, aluna de Direito, em Belém. Ela é indígena da etnia Baré, de Santa Isabel do Rio Negro, no estado do Amazonas.
*Jamylle Brenda de Souza costa cursa Licenciatura em Dança. Ela é quilombola de Barcarena e estuda em Belém.
*Josilene da Silva Nunes cursa Licenciatura em História, em Belém, e é presidente da Associação dos Povos Indígenas Estudantes da UFPA. Ela é indígena do povo Galibi-Marworno e Natural da Terra Indigena Juminã que faz fronteira com a Guiana Francesa, no município de Oiapoque, estado do Amapá.
*Luciano Soares Coutinho, ribeirinho do Marajó, é aluno de Licenciatura em Matemática. Ele é de Jararaca-Muaná e estuda no campus de Breves.
*Márcia Cristina de Oliveira Cardoso, aluna de Licenciatura em Geografia. Ela é da comunidade quilombola de Moju Niri, no baixo rio Moju, e estuda no campus de Ananindeua.
O grupo já participou de uma oficina sobre uso de jogos em sala de aula no IG, com a pesquisadora Marina Fontolan, e conheceu a Biblioteca do IG, a Biblioteca de Obras Raras, a Casa no Lago e o Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) da Unicamp.
O projeto será desenvolvido de terça à sexta-feira, das 8h30 às 17h30. Às segundas-feiras, os estudantes participarão de oficinas científicas e culturais em grupo, também em período integral. A organização do Capam fornece estadia e alimentação aos estudantes. O Banco Santander financiou as passagens aéreas e forneceu um auxílio no valor de R$ 2,5 mil.
Leia matéria publicada no site da Unicamp.
Por Eliane Fonseca Daré,
com informações de Felipe Mateus
Imagens: arquivo pessoal.