O Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU) acaba de adquirir a base de dados Overton, um software que permite identificar como pesquisas vêm sendo citadas em uma série de documentos produzidos por organizações políticas. O pedido foi feito pelo Laboratório de Estudos sobre a Organização da Pesquisa e da Inovação da Unicamp (Lab-GEOPI), do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) do Instituto de Geociências, e poderá atender toda a comunidade acadêmica com e-mail da Universidade.
A base contém literatura de política em vários idiomas, tais como documentos políticos, transcrições parlamentares, documentos de trabalho do Banco Central, relatórios de Organizações Não Governamentais e pesquisas de grupos de reflexão. A Overton é usada por universidades, think tanks e agências de pesquisa para ajudar a evidenciar o impacto político de suas pesquisas, para encontrar e mostrar especialistas e para explorar a política global e a literatura cinzenta, permitindo avaliar as influências mútuas entre produção científica e tecnológica e desenho e implementação de políticas públicas. Essa é maior base sobre o tema, abrangendo informação de 182 países.
Por permitir identificar como o conhecimento vem sendo utilizado em documentos políticos de acordo com temáticas diversificadas de pesquisa, a base tem aderência em diversas áreas do conhecimento, especialmente Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e Política Científica e Tecnológica. Será possível, por exemplo, encontrar documentos produzidos por uma fonte específica; identificar onde pesquisadores são citados; encontrar especialistas, colaboradores, revisores ou possíveis convidados para eventos; identificar artigos acadêmicos, livros e periódicos que estão sendo usados como evidência pela política de diferentes fontes.
O acesso à Overton é feito pelos IPs da Unicamp ou VPN através do Portal do SBU ou pelo link https://app.overton.io/dashboard.php. Para saber mais sobre a plataforma, acesse o vídeo e o guia de introdução ao uso.
Por Eliane Daré, com informações de Evandro Coggo, pesquisador do DPCT