Descrição da arquitetura pneumática da espécie foi publicada na Scientific Reports
Os sacos aéreos encontrados nas aves já existiam há cerca de 233 milhões de anos nos dinossauros. Isso permitiu a certas espécies atingir tamanhos colossais, tornando-os os maiores animais da Terra. Essa foi uma das conclusões do trabalho realizado pelos pesquisadores Tito Aureliano e Fresia Ricardi-Branco, do Instituto de Geociências da Unicamp (IG), em parceria com os paleontólogos Aline Ghilardi, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e Marcelo Fernandes, da Universidade Federal de São Carlos, e com o pesquisador da Universidade Ocidental de Ciências da Saúde, em Pomona, Estados Unidos, Mathew Wedel. O trabalho, publicado em dezembro de 2021 na revista Scientific Reports, fornece mais uma peça para entender a evolução do sistema respiratório em dinossauros.
Um fóssil de 80 milhões de anos recuperado no Noroeste Paulista por Ghilardi e Fernandes apresentava características muito peculiares: suas vértebras eram pneumatizadas a um nível extremo, ou seja, havia cavidades ocas, com um sistema de sacos aéreos que podemos encontrar nas aves atuais. Utilizando tomografia computadorizada, o paleontólogo Tito Aureliano descreveu em detalhes a arquitetura pneumática desse dinossauro. Apesar de pertencer a um grupo de dinossauros gigantes, as vértebras eram pneumatizadas como se ele fosse um pequeno pássaro. De acordo com o pesquisador, os sacos aéreos favoreceram o processo de adaptação a ambientes extremos por serem um sistema de refrigeração natural, evitando a hiperventilação durante as atividades físicas em dias quentes.
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Por Eliane Fonseca
Imagem: divulgação
Edição de imagem: Paulo Cavalheri