Clipping
O terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter que atingiu o norte do Chile na noite da última quinta (18) também teve reflexos na região de Ribeirão Preto. O tremor de grandes proporções foi sentido em Ribeirão Preto, onde moradores de um condomínio na Zona Leste relataram o problema à Defesa Civil. O mesmo tremor foi sentido por moradores de Franca, São Carlos e Araraquara.
Alessandro Batezelli, professor da Unicamp, explicou como esse fenômeno natural acontece.
O terremoto pode até ter sido no Chile, mas tem morador da Baixada Santista, a mais de 3,4 mil km de distância, que sentiu os tremores no fim da noite desta quinta-feira (18). Tanto é que, em Praia Grande, seis prédios tiveram vistoria da Defesa Civil após relatos dos moradores.
Apesar da situação inusitada para os brasileiros, que geralmente não estão acostumados com tremores, uma região distante sentir os reflexos de um terremoto é algo bem comum. Quem explica é o geólogo e professor Álvaro Penteado Crósta, do Instituto de Geociências, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e membro titular da Academia Brasileira de Ciências.
De acordo com Alvaro Penteado Crósta, professor do Instituto de Geociências da Unicamp, abalos sismícos como esses, de magnitude 4 na escala Richter, são fáceis de serem percebidos pela intensidade que provoca chacoalhões, mas dificilmente causam estragos.
Vinicius Tieppo Meira, professor de geociências na Unicamp, analisou a página do atlas do IBGE a pedido do Poder360. Além dos erros citados acima, destacou outro parágrafo que julga como incorreto. Eis o trecho: “As placas tectônicas são grandes blocos que formam a crosta terrestre e flutuam sobre o magma. Este, por possuir consistência fluida, possibilita o deslizamento dos continentes, que continuam se movendo até hoje.”
volta do trem de passageiros resgata um símbolo da região, desenvolvida economicamente a partir das ferrovias para o transporte do café entre os séculos 19 e 20. Além do transporte de carga, os trens foram o principal meio de locomoção da população local por décadas. Cristina de Campos, pesquisadora do Instituto de Geociências da Unicamp, destaca a importância das oficinas de produção e manutenção de equipamentos em cidades como Jundiaí e Campinas, que ganharam dinamismo econômico.
"Nós estamos 'casando' com o município, conhecendo cada rua do município, pra conseguirmos entender como é a dinâmica nas áreas de inundação, como aqui onde nós estamos hoje. De onde vem a água, por onde ela começa a chegar no bairro, se ela vem com uma velocidade alta, se ela vem mansinha, se a água vem suja, se não é água suja. Então, a gente tem que conversar com os moradores, além de andar pelo bairro todo pra entender esses processos. As inundações não são todas iguais, esse que é o negócio”, disse Ana Elisa Abreu, professora e pesquisadora da Unicamp.
"O Brasil já exportou muito para a União Europeia no passado, mas o mercado consumidor se tornou mais crítico e vem impondo restrições sobre as questões ambientais e sociais da produção agropecuária. E são restrições que a China não tem. Hoje os chineses se consolidaram como os maiores compradores de produtos como soja, milho e algodão do Matopiba."
Vicente Eudes Lemos Alves, professor do Instituto de Geociências da Unicamp.
Texto de Evandro Coggo Cristofoletti, Mariana Ceci e Sergio Salles-Filho.
Com 468 municípios atingidos, mais de 2,3 milhões de pessoas afetadas, das quais ao menos 581 mil encontram-se desalojadas e 163 faleceram até o dia 23 de maio, a tragédia no Rio Grande do Sul é um exemplo do impacto devastador da combinação de mudanças climáticas e a ausência de planejamento urbano no Brasil.
Pesquisadores de diversas áreas, como Ecologia, Geologia e Urbanismo, para citar apenas algumas, têm sido constantemente chamados pela imprensa para comentar as diversas faces do desastre: impactos sociais, psicológicos, econômicos e ambientais, que passaram a fazer parte da vida da população gaúcha desde o dia 27 de abril.
“Marte tem condições muito extremas e adversas aos seres humanos. Se uma pessoa fosse hipoteticamente colocada na superfície de Marte, por exemplo, sem qualquer tipo de proteção ou suporte, sobreviveria por cerca de um minuto apenas”, explica Álvaro Crósta, professor de Geociências da Unicamp.