Entre 2012 e 2015 houve uma seca intensa no semiárido baiano. Nesse período, a mídia impressa da Bahia divulgou notícias sobre esse fenômeno climático. Este artigo objetivou analisar qualitativa e quantitativamente as notícias sobre a seca 2012-2015 difundidas pela mídia, bem como a relação entre a difusão das matérias e o volume de precipitação local. O método consistiu em: análise de conteúdo das matérias publicadas pela mídia baiana e a análise conjunta dos dados de precipitação e a quantidade de notícias. Os resultados demonstraram relação entre o número de notícias e o comportamento da precipitação, contudo, foram verificados erros conceituais e adjetivos pejorativos à seca. Concluiu-se que as notícias ainda sustentam o discurso do combate à seca e ignoram as causas do risco da seca na região. Assim, a informação sobre a seca, difundida pela mídia, é mais um perigo que o sertanejo enfrenta.
Palavras-chave: Estiagem. Comunicação. Precipitação.